Melhora de desempenho, flexibilidade e resiliência, com respostas rápidas aos picos de demanda, garantindo uma experiência de usuário otimizada
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A adoção da arquitetura de microservices tem revolucionado a forma como sistemas complexos, como plataformas de e-commerce, são desenvolvidos e escalados.
Diferentemente da monolítica, em que todos os componentes são integrados dentro de um único código-fonte e ambiente de execução, esta fragmenta a aplicação em módulos independentes, que se comunicam por meio de APIs.
Portanto, essa autonomia permite que cada serviço seja desenvolvido, testado e implantado separadamente, reduzindo a complexidade e aumentando a flexibilidade da aplicação. Desse modo, permite a otimização de recursos e a melhoria do desempenho.
Ou seja, enquanto a arquitetura monolítica exige que todas as funcionalidades do sistema sejam executadas dentro do mesmo ambiente, a outra abordagem possibilita a separação em distintos contêineres ou servidores, o que reduz a sobrecarga e melhora a tolerância a falhas.
Além disso, a modularidade do sistema independente facilita a adoção de diferentes tecnologias dentro da mesma estrutura, enquanto no unificado há a necessidade de uniformidade tecnológica, o que pode limitar a inovação e a adoção de novas soluções.
A escalabilidade é um dos principais benefícios dos microservices. Isso porque, em plataformas de e-commerce, nas quais a demanda pode variar drasticamente, devido a promoções sazonais ou picos de tráfego inesperados, a capacidade de expandir recursos conforme necessário se torna essencial, evitando gastos excessivos com infraestrutura.
No entanto, suas vantagens vão além da capacidade de lidar com grandes volumes de tráfego. Ao otimizar o desempenho da aplicação, melhora-se a experiência do usuário, reduzindo tempos de carregamento e evitando falhas no servidor.
Ademais, a flexibilidade proporcionada por esse formato permite que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado, sem comprometer a estabilidade da plataforma. A resiliência do sistema também é aprimorada, já que a distribuição da carga entre múltiplas instâncias reduz o impacto de falhas em componentes individuais.
Assim, esse recurso pode ser dividido em três tipos: vertical, horizontal e dinâmica. O primeiro é semelhante a uma atualização de hardware em um servidor, aumentando sua capacidade de carga. Embora essa abordagem possa ser eficiente em determinados cenários, ela possui limitações físicas e financeiras.
Já a horizontal permite que múltiplas instâncias de um serviço sejam distribuídas entre diferentes servidores, atendendo a um número maior de usuários, sem a necessidade de modificar sua estrutura central.
A terceira, por sua vez, ajusta dinamicamente as versões de uma funcionalidade conforme a demanda, utilizando ferramentas de gerenciamento de contêineres e orquestração para monitorar o desempenho e otimizar a alocação de recursos.
Portanto, no contexto de plataformas de e-commerce, a arquitetura de microservices tem se mostrado um dos principais avanços em tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas.
Afinal, com a crescente complexidade dessas aplicações, a necessidade de garantir escalabilidade, disponibilidade e flexibilidade tornou-se um fator determinante para a competitividade do setor.
Então, empresas que adotam essa abordagem conseguem lidar melhor com picos de acesso, integrar novas funcionalidades de forma ágil e minimizar riscos operacionais.