Conhecer as fraudes mais comuns que afetam o e-commerce é essencial para prevenir prejuízos e manter a credibilidade do negócio
Créditos: Istock/anyaberkut
No mundo, o e-commerce está crescendo significativamente e, no Brasil, não seria diferente. De acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), no ano de 2024, o e-commerce brasileiro cresceu 10,5% após arrecadar R$204,3 bilhões. Além desse crescimento, contabilizou-se, também, um número de compradores online que atingiu 91,3 milhões.
É inegável, portanto, que o e-commerce está crescendo em uma tendência de ampliação cada vez maior. No entanto, na medida em que esse processo materializa-se, surgem, concomitantemente, desafios a serem enfrentados pelos empreendedores, especialmente no que diz respeito à segurança.
Conforme o estudo realizado pela ClearSale, uma companhia de inteligência de dados e soluções de fraudes, no ano de 2025, as tentativas de fraude no e-commerce brasileira alcançaram R$ 221,6 milhões em janeiro.
Importante enfatizar que o levantamento fez uma análise de 14,5 milhões de compras que foram realizadas com cartão de crédito no comércio eletrônico entre os dias 1 e 31 de janeiro. Daí a importância de compreender essas dinâmicas para, então, saber como proteger-se dessas fraudes.
Quais são as fraudes mais comuns no e-commerce e que soluções adotar para evitá-las?
Existem algumas fraudes que são praticadas com maior frequência no e-commerce. Uma delas, por exemplo, chama-se autofraude. Esse golpe consiste na ideia de que o criminoso faz uma compra normal através da plataforma digital, só que, quando o produto chega em sua residência, ele abre uma reclamação afirmando que a mercadoria não foi entregue.
Nesses casos, o golpista acaba recebendo reembolso, acarretando prejuízo ao lojista. Além disso, outra fraude frequente é o roubo de identidade. Nesse esquema, o golpista rouba as informações de alguém, como número do cartão de crédito e CPF. A partir desses dados, estouraram o limite bancário da vítima comprando uma série de produtos na loja virtual.
No entanto, quando o golpe é descoberto e a vítima entra em contato com a instituição financeira responsável pelo cartão, a pessoa penalizada geralmente é o lojista que, além de perder a mercadoria, também precisa ressarcir o consumidor que teve suas informações utilizadas sem autorização em sua plataforma.
Por conseguinte, outra fraude comum no universo do e-commerce é o golpe por intercepção. Esse esquema também funciona a partir do roubo de um cartão de crédito. Geralmente, os golpistas efetivam a compra no site e, posteriormente, registram o endereço da vítima na plataforma.
No entanto, depois de fazer o pedido, os golpistas costumam entrar em contato com a plataforma afirmando terem errado o local da entrega, solicitando, então, que a mercadoria seja entregue em um outro endereço.
Uma das fraudes mais corriqueiras é o phishing de e-commerce. Nesse golpe, os criminosos criam páginas idênticas às lojas legítimas, impulsionando algum vídeo com promoções atrativas confeccionado por IA. Então, quando o usuário coloca seus dados para comprar o produto, os golpistas roubam seus dados e, ou os vendem, ou aplicam os outros golpes citados anteriormente.
Além desses, existem outros golpes que circulam na internet. Todavia, diante de tais ameaças, é elementar para a plataforma encontrar medidas de proteção, como autenticação em duas etapas, monitoramento de transações suspeitas, bem como a utilização de ferramentas que ajudem a identificar essas atividades criminosas.
Uma ferramenta interessante, por exemplo, é o take down, extremamente útil para derrubar perfis falsos em redes sociais que usam logos legítimos, passando-se por uma empresa real para enganar os consumidores. No fim, a fraude no e-commerce é um problema crescente. Investir em segurança digital e estar atento aos golpes mais comuns são passos fundamentais para proteger-se, seja comerciante, seja um consumidor.