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Galpões logísticos em alta: demanda cresce, e gerenciamento de frotas garante eficiência

À medida que o mercado cresce e o Brasil se afirma como polo estratégico de logística na América Latina, a competitividade dependerá cada vez mais da integração entre infraestrutura e operação

Créditos: Istock/SlavkoSereda

O gerenciamento de frotas tornou-se um fator decisivo no que diz respeito ao crescimento do mercado de galpões logísticos no território brasileiro. Quando observamos os últimos anos, percebe-se que houve aumento na demanda por espaços de armazenagem, dada a complexidade e a intensificação da movimentação das mercadorias. 

No entanto, somente a expansão da infraestrutura não garante, por si só, a eficiência operacional em sua totalidade. Isso ocorre porque, sem uma gestão estratégica da frota, o fluxo de mercadorias acaba sendo comprometido, processo que resulta em atrasos e custos mais altos.

Por consequência, também impacta diretamente na experiência do consumidor, que se encontra no final dessa cadeia produtiva. Além disso, a expansão do comércio eletrônico e as exigências cada vez mais rápidas do mercado colocam o gerenciamento de frotas no centro da eficiência logística.

Mercado de galpões logísticos em alta: dados recentes do Brasil

Atualmente, o mercado de galpões logísticos no Brasil vive um momento histórico. Conforme dados da Bloomberg Línea, a taxa de vacância em toda a América Latina caiu para 5,83% no primeiro semestre deste ano, com destaque para São Paulo, que obteve uma alta significativa nos preços de locações. 

Os dados da Bloomberg Línea mostraram que o estoque total cresceu 4,28%, com base na comparação entre 2024 e 2025, considerando os 45,8 milhões de metros quadrados como referência. Nesse montante, as cidades de São Paulo e Cidade do México concentraram 72% desse total. 

É preciso levar em conta, nesse contexto, que o custo logístico no Brasil representa cerca de 13,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, enquanto em países como os Estados Unidos da América (EUA) essa expressão não ultrapassa a margem dos 8%.

Além disso, o próprio crescimento acelerado do e-commerce é um dos fatores centrais nesse movimento. Em 2024, por exemplo, o setor faturou 204,3 bilhões, movimento que representa um avanço de 10,5% em relação ao ano de 2023, conforme dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). 

É importante destacar que pequenas empresas também estão protagonizando essa expansão. Somente no ano passado, por exemplo, foram responsáveis por movimentar R$ 67 bilhões em vendas online, uma alta de 1.2000% desde a pandemia, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento. 

Nesse sentido, esses números apontam para um ciclo de forte demanda por infraestrutura logística. No entanto, o investimento em galpões modernos precisa caminhar junto de estratégias mais eficientes de transporte. Nesse cenário, portanto, a supply chain depende diretamente da integração entre armazenagem e distribuição. 

Nesse universo, é preciso considerar também outro fator relevante, que é o custo crescente do transporte rodoviário de carga no Brasil. No ano de 2024, conforme a Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL), os gastos chegaram a cerca de R$ 940 bilhões, alta de 7% em relação ao ano anterior. 

Esse contexto, por consequência, acaba pressionando as empresas a buscar eficiência máxima em toda a cadeia logística, desde a armazenagem até a entrega final. 

Gerenciamento de frotas: a base da eficiência na cadeia logística

Especialistas destacam que o gerenciamento de frotas é essencial para transformar os investimentos em galpões logísticos em eficiência real. Não há dúvidas de que o centro de atribuição com uma infraestrutura moderna faz total diferença no processo produtivo. Porém a estrutura precisa que a logística de transporte seja igualmente desenvolvida. 

É nesse ponto que entra a importância da gestão de frotas. Para uma gestão eficiente, é necessário planejamento, monitoramento em tempo real e otimização de rotas: tudo para garantir que as entregas sejam realmente realizadas no prazo, com o advento da redução nos custos operacionais. 

Integram-se, portanto, dados de consumo, rotas e desempenho de frota para melhorar as decisões tomadas. No Brasil, há décadas, a matriz logística é predominantemente rodoviária, por isso o gerenciamento de frotas ganha ainda mais relevância. 

Uma frota bem gerida pode reduzir o tempo de entrega, minimizar custos com combustível e manutenção, além de otimizar o uso dos galpões por consequência da boa circulação das mercadorias. 

No fim, o cenário atual acaba confirmando que o mercado de galpões logísticos encontra-se em uma fase de expansão no território brasileiro, impulsionado por fatores como o crescimento do e-commerce e a pressão sobre a oferta de armazenagem. A tendência é que esse mercado cresça ainda mais com o passar dos anos. 

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