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Cultura no bolso: como o ingresso digital transformou a experiência do público

O ingresso digital virou usual em shows, teatros e cinemas, e vem transformando a forma como o público acessa cultura e entretenimento nas cidades

Créditos: Istock/shih-wei

Seja para assistir a um show, uma peça de teatro, um festival ou uma sessão de cinema, tornou-se comum ver o público sacar o celular do bolso para exibir um QR Code. O ingresso de papel, que já foi souvenir e símbolo de acesso à cultura, perdeu espaço para a digitalização, que atualmente dita o ritmo do consumo cultural nas cidades brasileiras.

Essa transformação não é exatamente recente. A popularização dos ingressos digitais começou na década de 2010, impulsionada por sites de vendas online e pela praticidade dos smartphones. A pandemia de Covid-19 acelerou esse processo. Com a necessidade de evitar filas, contato físico e aglomerações, eventos de todos os portes adotaram o digital como padrão. Desde então, o que era tendência virou regra.

A transição trouxe uma série de benefícios. Para o público, a principal vantagem é a praticidade: não é mais preciso enfrentar filas para retirar ingressos ou correr o risco de perdê-los. Tudo fica armazenado no celular ou no e-mail, pronto para uso. Além disso, o modelo digital reduz custos com impressão, evita desperdício de papel e contribui para eventos mais sustentáveis.

Hoje, o eticket já é padrão em shows, peças de teatro e sessões de cinema. Basta apresentar o QR Code na entrada e aproveitar o evento, sem papel e sem burocracia. Segundo especialistas, essa mudança tornou a experiência cultural mais ágil e conectada, especialmente entre os jovens, que já vivem grande parte da rotina no ambiente digital.

Para pessoas com mobilidade reduzida, o ingresso digital representa um avanço importante. A possibilidade de comprar, armazenar e apresentar o bilhete diretamente pelo celular evita deslocamentos desnecessários até bilheterias e diminui o tempo de espera em filas. Isso torna a experiência cultural mais fluida e inclusiva, desde a aquisição até o acesso ao local do evento.

Diversas plataformas ainda buscam soluções para tornar o acesso cada vez mais democrático. Algumas oferecem opções de impressão domiciliar para quem ainda prefere o papel. Outras investem em interfaces mais simples, intuitivas e compatíveis com tecnologias assistivas. Em eventos maiores, é comum encontrar suporte presencial para quem precisa de ajuda na entrada.

Para quem ainda tem receio de usar o ingresso digital, algumas dicas são importantes: utilizar apenas aplicativos oficiais das plataformas de venda, evitar prints de QR Code (que podem ser invalidados) e sempre verificar a conexão à internet antes de chegar ao local do evento. Outra prática recomendada é salvar o ingresso na carteira digital do celular ou em modo offline, o que evita imprevistos com sinal fraco ou bateria fraca.

A digitalização do consumo cultural reflete uma mudança mais ampla no comportamento do público: eventos cada vez mais conectados, ágeis e integrados a outras experiências digitais. Para muitos, o QR Code na entrada é apenas o começo. A jornada continua nas redes sociais, nas playlists compartilhadas e nas fotos postadas logo após o espetáculo.

Se o ingresso de papel guardava memórias físicas, o novo modelo oferece praticidade e amplia o alcance de quem quer consumir cultura sem sair do ritmo do mundo atual.

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