Um problema com a organização da internet poderá causar a falta de IPs no mundo, ou seja: não haverá lugar suficiente para que todas as pessoas se conectem ao mesmo tempo e esse dia está cada vez mais próximo.
Um número de IPv4 é dividido em 4 partes, que vão de 0 a 255, fazendo com que o menor seja 0.0.0.0 e o maior, 255.255.255.255. Isso faz com que existam, ao mesmo tempo, 4,2 bilhões de IPs conectados pelo mundo, menos do que as 7,1 bilhões de pessoas existentes. O número de IPs diminui, ao se considerar que cada país tem separado um numero finito de IPs para a utilização, divididos entre suas operadoras.
O aumento no número de smartphones e computadores conectados o tempo todo (nos últimos 10 anos, o número de IPs utilizados cresceu 1,7 bilhão) contribui para o problema, que pode ter algumas soluções.
A primeira delas é a utilização de CGN, uma espécie de roteador, mas em escala maior. Isso faria com que uma provedora de internet pudesse utilizar um IP e dividi-lo entre vários usuários. No entanto, isso tem alto custo de implementação, devido ao hardware, e aumento na complexidade das conexões, o que diminuiria o desempenho da comunicação.
Outra solução é a adoção do IPv6, um protocolo novo que tornaria possível a conexão de um número essencialmente infinito de computadores (340.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 máquinas, aproximadamente) eliminando de vez o problema. O problema é o que o IPv6 não é compatível com o IPv4, ou seja: isso criaria duas redes separadas, impedindo que uma se comunicasse com a outra. Há uma necessidade real de que o mundo passe a utilizar o novo padrão, mas pouco tem sido feito em termos de incentivo. Se essa mudança não for realizada logo, em algumas décadas, ao tentar se conectar à internet, seu computador poderá simplesmente dizer “A internet está cheia, tente mais tarde”.
fonte: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/42568/42568