O Xperia Z3 chegou ao Brasil trazendo junto de si seu irmãozinho menor, o Z3 Compact. Os dois aparelhos chegam com o intuito de trazer uma experiência idêntica, apesar da diferença de tamanho. Ambos já chegaram ao Olhar Digital e pudemos testá-los para dar nossos palpites.
Antes de tudo, notamos que, apesar de a Sony dizer que ambos os aparelhos oferecem experiências similares, nós percebemos algumas diferenças grandes de usabilidade em ambos. O principal problema que tivemos com o Compact foi a resposta da tela aos comandos. Não sabemos exatamente se a unidade que recebemos para testes estava com defeito, mas o smartphone reconhece alguns toques “fantasmas”, que dificultaram bastante a navegação pela interface.
Tirando isso, não encontramos grandes diferenças de uso entre os dois dispositivos, embora elas existam. A tela do Z3 é de 5,2 polegadas com resolução Full HD, contra 4,6 do Compact, e resolução HD apenas. A diferença densidade é considerável, com 424 pixels por polegada para o Z3 contra 319 do aparelho menor, mas isso pouco influencia na experiência. Há também a diferença de memória RAM: o Z3 tem 3 GB, enquanto o Compact tem apenas 2 GB, mas não conseguimos notar algum engasgo em decorrência desta discrepância.
A partir daí, ambos são basicamente iguais em especificações e desempenho. O Z2 apareceu com uma câmera que nos deixou impressionados na redação, e o Z3 só melhora. Ambos tem câmeras semelhantes de 20,7 megapixels com recursos de vídeo em 4K e uma novidade interessante, que permite dividir a tela com a imagem gerada por duas câmeras de dois celulares diferentes em tempo real. O problema, no entanto, é que não conseguimos fazer a ferramenta funcionar de jeito algum, o que nunca é um bom sinal.
Em relação a design e conforto no uso, percebemos um avanço muito grande em relação ao Z2, que era “pontudo” e fino demais, fazendo com que o ato de segurá-lo na mão fosse desconfortável. Desta vez a Sony deu uma melhorada neste sentido, com cantos e laterais mais arredondados que colaboraram muito para que o celular se tornasse mais agradável para as mãos.
Como ressaltamos quando o Z2 chegou às nossas mãos, o Z3 é um celular elegante, talvez um dos mais elegantes do mercado. Porém, a traseira envidraçada não nos agrada pelo fato de ficar engordurada com muita facilidade e pegar marcas de dedo. Esta é uma tendência que foi introduzida com o iPhone 4 e que a indústria já abandonou há algum tempo, em favor de materiais melhores neste sentido. Outro pequeno revés é que o aparelho ainda tem bordas muito grandes, que torna o dispositivo muito maior do que precisaria ser. Curiosamente, o Compact parece melhor neste quesito, com bordas menores.
Sobre software, os dois celulares já vêm com o Android 4.4 (KitKat) de fábrica e devem receber a versão 5.0 (Lollipop) o quanto antes. Contudo, todos os celulares da Sony têm sua interface bastante modificada, e às vezes a navegação parece ser um pouco mais complicada do que seria necessário, em comparação com a versão pura do Android. Para quem se incomoda, porém, há sempre a outra alternativa: instalar o Google Now Launcher e nunca mais se preocupar com isso. O único problema é que isso não acaba com a quantidade enorme de bloatware que o celular já traz de fábrica.
fonte: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/44869/44869