Entender as informações do rótulo é essencial para garantir segurança e consumo consciente
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O Brasil vive uma grande expansão de vendas no setor de suplementos alimentares, atualmente o País é o 4º maior consumidor dessa categoria de produtos no mundo. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), o setor movimenta mais de R$ 3 bilhões por ano e apresenta crescimento constante nos últimos anos.
Ainda de acordo com a associação, pouco mais da metade dos brasileiros já consumiu algum tipo de suplemento alimentar, especialmente proteínas em pó, vitaminas e minerais. Esse estudo mostra a mudança de comportamento das novas gerações de consumidores que estão mais focados no bem-estar, estilo de vida saudável e cuidado com o corpo.
Ao mesmo tempo que a tendência por consumo de suplementos alimentares cresce no Brasil, também cresce o setor de falsificações ou de produtos de qualidade muito inferior no mercado. Portanto, é preciso estar muito atento às informações contidas no rótulo para consumir um produto de qualidade.
O que é exigido no rótulo?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão responsável pela regulamentação da rotulagem de produtos alimentares no Brasil e estabelece regras muito rígidas sobre o conteúdo que deve ser exibido com transparência ao consumidor. Segundo suas resoluções, cada rótulo deve apresentar obrigatoriamente:
– Lista de ingredientes: sempre iniciando pelo ingrediente em maior quantidade no produto.
– Tabela nutricional: nessa tabela consta a quantidade de produto por porção, teor de proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais.
– Advertências: por lei todos os produtos no Brasil devem indicar se existem traços de produtos lácteos e glúten em sua composição para que o consumidor alérgico não consuma aquele suplemento de forma desavisada.
Atenção com produtos populares
Dentro do setor de suplementos alimentares mais consumidos no Brasil estão os multivitamínicos, colágeno, pré-treino, termogênicos, creatina e whey. Cada um desses produtos é utilizado para fins diferentes e, por esse motivo, tem composições diferentes que devem ser analisadas com muita atenção.
Por exemplo, os multivitamínicos devem ter concentrações equilibradas de vitaminas A, B, C, D, E e K, também é preciso prestar atenção aos aditivos (como açúcares) na composição. Termogênicos e pré-treino possuem cafeína na sua composição, em concentrações variadas, analisar qual concentração é melhor se adapta ao seu treino e ao estilo de vida pode evitar quadros de insônia ou aumento de pressão arterial por conta do composto.
Já o whey precisa ter descrito em seu rótulo qual o tipo de proteína está presente no produto (concentrada, isolada ou hidrolisada), o teor de carboidratos e a presença de adoçantes ou aromatizantes. Quanto menor for a quantidade de carboidratos e adoçantes, menos saboroso será o produto, porém terá maior teor proteico. Deve-se ressaltar que a quantidade média de proteína por dose de whey varia entre 20 e 40 gramas, produtos que oferecem valores muito acima ou muito abaixo desse intervalo possivelmente são fraudulentos.