Enquanto alguns entusiastas da bitcoin resolveram usá-la para viajar ao redor do mundo ou até mesmo no espaço, Hal Finney, apontado como o primeiro usuário da moeda virtual, resolveu visitar o futuro. Criptógrafo e programador, ele investiu todas suas bitcoins em criopreservação, processo de congelamento de corpos para serevem revividos no futuro.
Finney morreu na última quinta-feira (28), com 58 anos, vítima de esclerose lateral amiotrófica (ELA) – doença que motivou o desafio do balde de gelo. Após a constatação legal de sua morte, o corpo do americano foi levado à clínica Alcor Life Extension Foundation, em Scottsdale, no Arizona. Logo em seguida, seu sangue e outros fluidos foram trocados pelo M-22, líquido com diversos produtos químicos que impede a criação de cristais de gelo e, consequentemente, a destruição das membranas das células.
Nos próximos dias, a temperatura do corpo de Finney será diminuída para aproximadamente -196°C. Eventualmente, ele também será armazenado em uma cápsula de alumínio dentro de um tanque de 10 metros de altura com 450 litros de nitrogênio líquido. “É aí que ele vai permanecer até que tenhamos tecnologias para reparar os problemas que teve como ELA e o processo de envelhecimento”, disse à revista Wired Max More, diretor da Alcor e amigo de Finney.
Vale lembrar, no entanto, que nenhum humano até hoje conseguiu ser ressuscitado a partir de um estado de congelamento criogênico. Muitos cientistas consideram a ideia impossível, contudo, para a esposa de Finney, Fran, dúvidas nunca impediram que o programador explorasse uma tecnologia que o intrigasse. “Ele tinha bastante confiança em como descobria as coisas por si mesmo. Sempre acreditou que poderia encontrar a verdade, e ele não precisa convencer ninguém”, afirmou Fran. A esposa de Finney também adotou o procedimento junto do marido há 20 anos.
fonte: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/43854/43854