Depois do doutor que desenvolveu um software para melhorar os diagnósticos de doenças genéticas raras, hoje é a vez de conhecer a Vanessa, mais uma brasileira vencedora da primeira edição do prêmio Inovadores com menos de 35 anos Brasil, da revista “Technology Review”, do Instituto de Tecnologia de Massachussetts.
Com 34 anos, Vanessa Testoni tem doutorado em Engenharia Elétrica pela Unicamp na área de codificação e compressão de vídeos e imagens e pós-doutorado na Universidade da Califórnia. Ela se destacou entre os jovens inovadores pelo conjunto de sua obra. Ela tem projetos e pesquisas tanto na área de segurança quanto em processamento de sinais.
Um de seus projetos rendeu uma tecnologia implementada no serviço Hotmail. Outro, provou que era possível burlar a segurança de sistemas de reconhecimento de íris imprimindo códigos de barras em lentes de contato. Atualmente, como pesquisadora da Samsung, ela trabalha em uma aplicação que usa a codificação de vídeo para uma aplicação de e-commerce.
“Na verdade é uma solução para venda de itens de multimídia, sejam eles de áudio, imagem ou vídeo, de uma forma mais justa”, explica a engenheira da Samsung.
Durante seu pós-doutorado, Vanessa também trabalhou com novas tecnologias para enviar sinais de vídeo 3D comprimidos no celular sem perda de qualidade. Mas ela própria entende que o 3D não pegou nem na TV; imagina no celular. Mas agora suas pesquisas estão voltadas para o futuro e diz que estamos prestes a viver a próxima revolução do vídeo depois da ultra definição.
“Ainda não posso revelar do que se trata. A próxima revolução, que vai acontece depois da alta resolução, acredito que seja a evolução do 3D. Tenho visto que várias pessoas na área acreditam e estão investindo nisso. Acho que vai ser algo bem mais agradável e natural do que o 3D. Na minha área costumamos brincar dizendo que os filmes de ficção científica sempre trazem muito do que as pessoas querem. Nosso trabalho é fazer com que aquilo se torne real. É um mundo incrível, tem muita coisa vindo por aí. Estamos ainda no comecinho”, detalha Vanessa.
Pois é, nós também ficamos curiosos, mas pelo jeito, vamos ter que esperar mais um pouquinho. O que ela nos adiantou é que a novidade vai além do entretenimento.
“A novidade vai poder ajudar na medicina, em transmissões de cirurgurgias remotas, visualização de exames e imagens médicas de alta resolução e aplicações de educação. Vai ser possível acessar um ambiente totalmente virtual para a criança aprender sobre história, geografia, visitar museus. Tudo isso está envolvido com o que eu faço”, revela.
A Vanessa é mais uma compatriota que se destacou entre as mais de 240 candidaturas e é uma grande promessa para o Brasil. Contente com a indicação, ela reconhece a responsabilidade, mas também a importância do prêmio inédito no país.
“É um reconhecimento sensacional e realmente nos dá uma boa visibilidade, que com certeza vai crescer no Brasil também”, afirma.
Na semana que vem você vai conhecer o Guilherme, ex-analista do Banco Mundial, com apenas 28 anos. Ele deu atenção a um objeto simples e popular para melhorar a gestão de problemas sociais no Brasil. Mais um inovador que promete dar muito orgulho para nosso país mundo afora.
fonte: http://olhardigital.uol.com.br/video/42312/42312