Não é possível negar que a Apple mudou a indústria de tecnologia pessoal na última década. A chegada do iPhone mudou a telefonia móvel e, embora o iPad não tenha sido o primeiro tablet da história, foi o primeiro a se tornar realmente popular, criando uma nova categoria de produtos. A empresa ainda ditou por muitos anos o ritmo da indústria de música com o iPod, mas as coisas parecem estar mudando para a empresa de Cupertino. Veja o gráfico que o Olhar Digital preparou:
O fim do iPod
Os últimos cinco anos viram uma tendência interessante e bastante natural. Com o avanço dos smartphones, o iPod começou a definhar e perder vendas anualmente. É curioso perceber como um produto que foi revolucionário nos anos 2000 tornou-se redundante nos dias atuais a ponto de começar a ser praticamente ignorado pela Apple.
Os gráficos abaixo mostram bem o que aconteceu com o iPod. Em 2010, ele ainda era o produto mais vendido pela Apple, com muito mais popularidade do que o iPhone. No entanto, na época, os próprios smartphones ainda tinham o alcance que tem hoje. Ainda fazia sentido ter um celular comum em um bolso e um player de música no outro.
No entanto, o iPhone foi se popularizando, junto com o restante do mercado de Androids, e então passou a não fazer mais sentido ter dois aparelhos em bolsos separados, quando apenas um deles executa todas as funções necessárias. E assim, o iPod, que vendeu 50 milhões de unidades em 2010, despencou para 14 milhões em 2014.
A desilusão com a categoria de produtos é tanta que a Apple não renovou sua linha de iPods no meio do ano e descontinuou o iPod Classic.
A ascensão do iPhone
O iOS pode não chegar nem perto da popularidade do Android, mas as vendas de iPhones batem recorde ano após ano. O gráfico mostra bem isso, e deixa claro também como os smartphones evoluíram nos últimos cinco anos.
Em 2010, quando a indústria de mobilidade engatinhava, o iPhone chegava a marca dos 40 milhões de unidades vendidas em um ano. Foi o ano da chegada do iPhone 4, que mudou bastante o que se conhecia como smartphones até o momento. No entanto, o mercado ainda era restrito; poucas pessoas tinham um celular inteligente na época.
Avançando o tempo até 2014, vemos um mercado bem mais povoado e o resultado é que a Apple vendeu mais de 4 vezes o número de smartphones comercializados no ano de 2010. Claro que nem todos esses números são referentes aos últimos modelos da empresa, que aprendeu a “agradar o povão”, mantendo no mercado seus aparelhos antigos com preços reduzidos. São mais de 556 milhões de iPhones vendidos em apenas 5 anos.
Ascensão e queda do iPad
Lançado em 2010, o tablet da Apple vive uma situação interessante. Ele é o segundo produto mais popular da Apple, mas ao mesmo tempo vive um momento de queda alguns anos de popularização.
As explicações são várias, mas nenhuma é realmente convincente. O mercado de tablets está saturado? Sim, mas o de smartphones também está e o iPhone só cresce. Quem queria comprar um iPad já comprou? Não parece fazer sentido com mais de 7 bilhões de pessoas no mundo e um total de “apenas” 237 milhões de tablets vendidos, quando os números do iPhone já superam os 556 milhões de unidades vendidas. Os tablets foram uma moda? As pessoas não veem a necessidade de trocar de tablet com frequência? Nem mesmo a Apple parece entender, nem parece ser capaz de explicar o que acontece com seu tablet.
Uma possibilidade, porém, é o crescimento do tamanho médio da tela de smartphones, tendência que a própria Apple adotou com o iPhone 6 e o 6 Plus. Se o seu celular é enorme, um tablet parece ser redundante. E se realmente essa for a explicação, podemos ver “O Retorno do iPod” nos próximos anos.
A monotonia dos Macs
É engraçado olhar para o gráfico e ver como a Apple vende seus Macs. O número não varia de jeito nenhum. Todos os trimestres o número varia entre 3,5 e 5 milhões de unidades vendidas. A impressão que passa é que os usuários trocam de computador a cada três meses. É só uma piadinha, claro, mas é curioso ver como os computadores da empresa se mantêm sempre no mesmo ritmo.
fonte: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/44797/44797