O Google deve implementar, ainda nesta semana, um novo algoritmo com potencial de “afetar visivelmente” o ranking de sites de pirataria a nível global. Segundo o Ars Technica, a empresa já havia prometido tal mudança em 2012, mas deixou o plano de lado após associações que representam gravadoras e estúdios de Hollywood afirmarem que o algoritmo não teria “nenhum impacto demonstrável” sobre rebaixar os sites com grandes quantidade de conteúdo pirateado.
Agora, a gigante de buscas afirma que o código fará sim, diferença. “Em agosto de 2012, nós anunciamos pela primeira vez que nós iríamos abaixar o ranking de sites que receberam um grande número de avisos DCMA [Digital Millenium Copyright Act – aviso de infração de direitos autorais]”, disse a conselheira sênior de direitos autorais do Google, Katherine Oyama, em um post do blog oficial. “Agora nós refinamos o sinal em formas que nós esperamos afetar visivelmente o ranking de alguns dos sites mais notórios”, completou.
Relatório anual de pirataria
O anúncio do novo algoritmo feito junto do relatório mais recente do “Como o Google Combate a Pirataria“. No documento, a companhia afirma que o YouTube já pagou US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2,49 bilhões) para detentores de direitos autorais com o ContentID, programa que permite rentabiliar o uso não autorizado de material com direitos autorais.
Além disso, o Google afirma ter recebido 224 milhões de pedidos de remoção em 2013, sendo que cada solicitação teve um tempo médio de seis horas para ser resolvida. Os três maiores sites que tiveram links retirados do motor de buscas foram o Rapidgator, 4Shared e Dilandau, sendo que cada um alcançou mais de 7 milhões de pedidos de remoção.
A empresa acredita, no entanto, que não se trata de fazer desaparecer da busca sites que infrigem direitos autorais. “Mesmo para os sites que receberam o maior número de notificações, o número de páginas notado é normalmente apenas uma pequena fração do número total de páginas do site”, explica o relatório. “Não seria apropriado para remover sites inteiros sob estas circunstâncias”.
fonte: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/44772/44772