Se você é assinante da Netflix, provavelmente sabe que ao utilizar um serviço de VPN, que pode ser até mesmo uma extensão no navegador, você pode ter acesso ao catálogo americano, muito mais completo que o brasileiro. A possibilidade é bem-vinda entre usuários, mas não tanto entre as empresas que detêm os direitos autorais, que estariam pressionando o serviço a barrar este tipo de acesso internacional.
A culpa do fechamento do cerco não parece ser do Brasil onde o serviço já está estabelecido, mas os usuários brasileiros também podem ser afetados. O caso da Austrália é mais significativo; por lá, a Netflix ainda não foi lançada, mas cerca de 200 mil pessoas já utilizam regularmente a versão americana do serviço.
Simon Bush, CEO da AHEDA, grupo que representa grandes empresas como a 20th Century Fox, Warner, Universal, Sony e outras grandes empresas, diz que alguns destas companhias já estão fazendo lobby para que haja o banimento. No entanto, ele não diz quais delas estão envolvidas.
O problema disso é que, no caso de isso passar a funcionar, devido ao modo como funcionam VPNs, usuários do mundo inteiro serão impossibilitados de acessar o serviço utilizando uma rede do tipo. Isso inclui até mesmo os americanos que pagam pelo serviço legítimo e preferem navegar de modo seguro utilizando uma VPN.
Os distribuidores dizem que por causa destes acessos internacionais não-autorizados, eles perdem arrecadação com as licenças. No caso australiano, até há alternativas como o QuickFlix, que funciona de forma semelhante, que gerariam receitas, mas os locais preferem ignorá-lo.
fonte: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/44200/44200