Por mais séria que a indústria de tecnologia possa parecer, mascotes não são algo incomum. Empresas frequentemente adotam figuras divertidas para promover seus produtos ou para passar informações para os consumidores de uma forma mais simpática. O caso mais recente é o “Zuckassauro”, do Facebook, mas a Microsoft é campeã neste quesito.
Relembre alguns dos principaismascotes da história do mercado de tecnologia e um pouco da história por trás deles:
Microsoft Bob
No início dos anos 1990, o conceito de computação pessoal finalmente ganhava corpo. Com tantos leigos chegando à festa, a Microsoft criou o Bob, que em vez de uma “mesa” (desktop), emulava uma casa para tornar o acesso ao PC mais simples.
O software oferecia assistentes como um cachorro, que foi reaproveitado em outros softwares da empresa, e outros personagens simpáticos para ajudar nas dúvidas dos usuários. O Bob foi um fracasso absoluto, considerado um dos maiores erros da história da Microsoft.
Clippy (Assistente do Office)
Novamente a Microsoft tenta criar um assistente para ajudar aqueles que não eram familiarizados com os PCs, mas agora restrito ao Office entre as versões 97 e 2003. Novamente, eram vários personagens como mascote, mas quem se consagrou foi o clipe de papel Clippy, que era o padrão do recurso. A opinião geral dos usuários foi negativa em relação à ferramenta de ajuda inteligente, que mais atrapalhava do que ajudava, e a empresa decidiu manter o assistente desativado por padrão no Office XP.
Na época, a Microsoft criou até mesmo uma campanha de marketing divertida na qual se despedia do Clippy. O site officeclippy.com, que hoje já não funciona mais, dizia que o personagem se tornou obsoleto. “Eu reservei este espaço para compartilhar minha patética história e mostrar minhas habilidades de web designer. Nada mal, hein? Conhece alguém que esteja contratando? O Office XP funciona de forma tão simples que os Assistentes do Office como eu se tornaram obsoletos. Além disso, segundo me disseram, eu sou incrivelmente pouco atraente”, dizia o personagem na página. O serviço foi encerrado em definitivo na versão 2007.
Cortana
Depois de algumas tentativas frustradas, novamente a Microsoft investe em uma assistente, mas desta vez nos celulares. No entanto, parece que desta vez, a empresa investiu corretamente, e o recurso tem agradado bastante.
A assistente Cortana teve seu nome inspirado na carismática inteligência artificial da franquia de jogos Halo, exclusiva do Xbox. Visualmente, a personagem é representada apenas por uma bolinha na tela, mas demonstra muita personalidade, algo que não é tão presente na concorrência.
O fato é que a Microsoft aposta pesado na Cortana, a ponto de ter uma representação dela durante a Microsoft Build, evento com desenvolvedores. Na ocasião, a personagem conversava com Joe Belfiore, um dos chefes responsáveis pelo Windows Phone, e chegou até mesmo a fazer piadinhas com o CEO Satya Nadella.
Inori Aizawa
A tentativa da Microsoft de tornar o Internet Explorer mais popular na Ásia. A personagem foi profundamente inspirada na cultura do anime e mangá, os desenhos e quadrinhos japoneses. Inori foi apresentada em uma convenção que celebrava o gênero artístico na Ásia.
A personagem se mostra como uma super-heroína capaz de defender o usuário dos perigos da web, oferecendo uma experiência de navegação segura. Quando não está combatendo spam e phishing, está atualizando sua conta no Facebook, onde interage com seus fãs e promove outros produtos da Microsoft, como o Surface Pro 3.
“Zuckssauro”, ou “Privassauro” o dinossauro do Facebook
Desde seu início, a rede social nunca foi muito de mascotes. No entanto, a equipe de design do Facebook surpreendeu o público com um “Zuckssauro”, ou “Privassauro”, cujo nome oficial certamente não é este, mas que já ganhou o apelido pela imprensa especializada. Na verdade, até o momento, ele não tem um nome, apenas uma função: alertar pessoas sobre privacidade.
O simpático dinossaurinho começou a aparecer para os usuários da rede social para alertá-los de que suas configurações de privacidade não haviam sido modificadas há algum tempo. O mascote lembra um pouco o personagem infantil Barney, mas usando um laptop de última geração.
A equipe do Facebook não explica a preferência pelo dinossauro, além do fato de que alguns testes revelaram a preferência do público pelo personagem em vez de um robô ou balões de fala. A seleção também pode dar a entender que a rede social considera privacidade uma coisa jurássica, mas também não é confirmado.
Larry, o pássaro do Twitter
Sim, o passarinho do Twitter tem um nome. A escolha foi feita graças a um trocadilho. Biz Stone, um dos fundadores da rede, cresceu próximo à cidade de Boston, onde pode ver o time de basquete local, os Celtics, liderados pelo astro Larry Bird, um dos maiores jogadores da história da NBA. Entenderam a piadinha? Bird significa pássaro…
De qualquer forma, a escolha do pássaro tem a ver com todo o conceito da rede, de mensagens rápidas, ou “piados”, os “tweets”.
Fail Whale, a baleia de erro do Twitter
Houve um tempo em que os servidores do Twitter frequentemente não suportavam a carga de dados gerados pelos usuários e caiam quase sempre. Nesta época, a empresa inventou uma maneira engenhosa e bem-humorada de mostrar a sobrecarga. Uma baleia, com seu enorme peso, sendo erguida pelos delicados pássaros que simbolizam a rede social.
Por mais que representasse um erro, a baleia era tão simpática que acabou caindo no gosto dos usuários. Tanto é que, quando a rede social confirmou a aposentadoria do mascote após alguns anos, muitos reclamaram. Hoje, quando o Twitter falha, um robô genérico aparece para alertar do erro.
Bugdroid, o robô do Android
Essa pode fazer os fãs do iOS se deleitarem: sim, o robozinho do Android se chama Bugdroid. Ele foi criado, acredite ou não, nos bonequinhos que simbolizam os banheiros masculinos e femininos que são tão tradicionais, conforme pensado pela designer Irina Blok.
O Bugdroid foi criado originalmente para a comunidade de desenvolvedores na campanha de lançamento do Android como um logotipo aberto, livremente alterado pela comunidade, como Tux, o pinguim do Linux. No entanto, logo chegou aos usuários, que gostaram da ideia. Logo, o Bugdroid passou a ser licenciado para bonecos, camisetas e tudo mais que os fãs pudessem adquirir.
Tux, o pinguim do Linux
Criado em 1996 por Larry Ewing, ele é um dos mascotes de vida mais longa na indústria de tecnologia. A ideia partiu originalmente do criador do kernel, Linus Torvalds, cujo nome também faz parte da construção da identidade do mascote: Tux vem de “Torvalds Unix”, mas ao mesmo tempo faz referência a “tuxedo”, também conhecido como “smoking”, vestimenta que vem à cabeça ao observar a coloração de um pinguim.
Torvalds gosta de pinguins e chegou a ser mordido gentilmente por um pinguim em um zoológico na Austrália. Por isso, a inspiração baseada em uma imagem divertida de um destes animais não chega a surpreender. Ele procurava algum bicho simpático para associar ao Linux e um pinguim satisfeito após uma boa refeição pareceu uma boa pedida na época.
fonte: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/42690/42690