Algumas empresas têm incentivado a adoção do áudio em alta resolução desde o ano passado, entre elas Sony e Pioneer. Mas o que isso significa na prática e, mais importante, será que vale a pena investir dinheiro no conceito?
Se no mundo do vídeo os termos são bem definidos (HD: 1366×766 pixels, Full HD: 1920×1080 e 4K: 3840×2160), no do áudio não existe medida padrão que se defina como “alta resolução”.
Os CDs, lançados em 1982, têm 16 bits de profundidade (ou seja, medem o som com 65535 níveis de precisão) e taxa de amostragem de 44,1 Khz (isto é, o sinal analógico é convertido para o digital, criando 44,1 mil pontos de dados por segundo transformados em analógicos novamente quando tocados).
O que a Sony e outras empresas querem fazer é popularizar formatos digitais de música que possuam mais capacidade de armazenamento, com pelo menos 24 bits de profundidade e taxa de amostragem de 96 Khz. Mas será que isso faz alguma diferença na prática?
À primeira vista, não. Embora o CD tenha perdido popularidade para os arquivos digitais, sua qualidade ainda é próxima dos limites humanos da audição, apesar de ter sido criado há mais de 30 anos.
Além disso, o equipamento onde o som é tocado geralmente é o elo mais fraco da corrente, segundo Bernard Grill, um dos criadores dos formatos MP3 e AAC. O formato da sala onde se ouve a música, além da qualidade das caixas de som ou fones de ouvido, influenciam muito mais na qualidade sonora que um arquivo de qualidade superior à de um CD.
Resumindo: se você ouve música digital, concentre-se em ouvi-la diretamente do CD (ou crie arquivos .FLAC a partir dele) e invista seu dinheiro em bons acessórios: caixas de som, receiver e fones de ouvido. Até agora, os arquivos melhores que o CD apresentam leve melhora de qualidade que não os justifica.
fonte: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/43175/43175